Escolhas contábeis e as propriedades para investimento: o caso brasileiro em empresas do subsetor de exploração de imóveis listadas na B3

Yuri Leal Hassim, Caio Caprucho Paulucci, Davi Navarro Ciasca

Resumo


Este estudo teve como principal objetivo analisar as escolhas contábeis (método de custo histórico ou valor justo) adotadas pelas empresas do subsetor de exploração de imóveis, listadas na B3, quanto à adoção do CPC 28 – Propriedades para Investimento, além de demonstrar informações complementares. Com essas duas opções de mensuração, empresas semelhantes podem ter demonstrações contábeis diferenciadas com reflexo nos resultados. Por meio de pesquisa qualitativa, os dados foram por meio de análise documental. Das 12 empresas analisadas, cerca de 58% optaram pelo método de valor justo como mensuração.  Resultado significativo que permite concluir, embasado com estudos anteriores, que entre as 6 empresas com maiores valores de propriedades para investimento, 4 adotaram valor justo. Assim como o índice de endividamento foi um dos fatores que justificam novamente a escolha do método, considerando o índice acima de 65% como elevado, as empresas que estavam inclusas nesse parâmetro também optam por valor justo. Dado que o mercado de capitais no Brasil é concentrado, composto principalmente por investidores qualificados, sendo que o início de convergência das normas contábeis brasileiras para as internacionais, ainda é um campo que precisa ser muito explorado, incentivando-se e sugerindo futuras pesquisas para testes de outras variáveis a fim de determinar os incentivos econômicos que influenciam as organizações a adotarem práticas contábeis dentro desse cenário e talvez solidificar os motivos para tais escolhas empresariais.


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