O Processo de adoção de consultorias por PMEs

Carlos Francisco Kronemberger, Roberto P Q Falcao

Resumo


Pequenos empreendedores vivenciam desafios na gestão de seus negócios, os quais muitas vezes são resolvidos por meio da contratação de uma consultoria em gestão. Busca-se investigar se a implementação de uma consultoria de gestão aplicada a uma PME segue os atributos da adoção de uma inovação, à luz da teoria de Difusão da Inovação de Rogers. Para tal, foram conduzidas oito entrevistas semiestruturadas com gestores de PMEs do estado do Rio de Janeiro, pré-selecionados dentre 21 empresas contatadas incialmente, seguindo-se uma sequência de pré-análise, descrição analítica e interpretação referencial. Como principais achados o artigo evidencia o papel de uma consultoria como ferramenta de mudança de práticas de gestão, havendo compatibilidade da implementação de uma consultoria com os atributos da adoção de inovação, oriundos da teoria da Difusão da Inovação. Já como contribuição gerencial, evidencia-se como as PMEs podem incorporar a inovação em suas práticas de gestão, pelo trabalho das consultorias.

Texto completo:

PDF

Referências


Almeida, I. X., & Wernke, R. (2018). Estilos gerenciais dos dirigentes de pequenas empresas: estudo baseado no ciclo de vida organizacional. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 7(3), 110-140. https://doi.org/10.14211/regepe.v7i3.737

Almeida, J. P. L. D., Farias, J. S., & Carvalho, H. S. (2017). Drivers da adoção de tecnologias em serviços de saúde. BBR. Brazilian Business Review, 14, 336-351. https://doi.org/10.15728/bbr.2017.14.3.5

Anthony, R. (2002). Planning and control systems: a framework for analysis. Havard Bussiness School. Boston, 1965. Anthony, Rn; Govindarajan, V. Sistemas de Controle Gerencial. São Paulo: Atlas.

Anunciatto, R., Arena, R., Barreto, F., Bianchi, M., Faccin, A., Leite, M., ... & Yassuda, L. (1999). Um gostinho do próprio remédio: até que ponto empresas de consultoria no Brasil adotam em si mesmas aquilo que prescrevem a seus clientes?. Revista de Administração de Empresas, 39, 2-12. https://www.scielo.br/j/rae/a/KqgqWh6QRMVvzHrn7rX5yhM/?format=pdf〈=pt

Ates, A., Garengo, P., Cocca, P., & Bititci, U. (2013). The development of SME managerial practice for effective performance management. Journal of small business and enterprise development., 20 (1), 28-54. https://doi.org/10.1108/14626001311298402

Bardin, L. (2010). Análise de conteúdo. 4. ed. Lisboa: Edições 70.

Bayarystanova, E., Arenova, A., & Nurmuhametova, R. (2014). Education system management and professional competence of managers. Procedia-Social and Behavioral Sciences, 140, 427-431. https://doi.org/10.1016/j.sbspro.2014.04.448

Brasil, Governo Federal. Brasil tem recorde de empresas abertas no segundo quadrimestre do ano. Disponível em: < https://www.gov.br/pt-br/noticias/financas-impostos-e-gestao-publica/2021/09/brasil-tem-recorde-de-empresas-abertas-no-segundo-quadrimestre-do-ano>. Acesso em 30 de dez. de 2021.

Bryson, A., & Forth, J. (2018). The impact of management practices on SME performance. National Institute of Economic and Social Research, (488). http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.3153363

Carvalho, J. R. M., & das Dores Lima, M. (2011). Práticas Gerenciais em MPE’s do comércio de confecções da cidade de Sousa–PB. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade (REPEC), 5(3). https://doi.org/10.17524/repec.v5i3.191

Chesbrough, H., Vanhaverbeke, W., & West, J. (Eds.). (2006). Open innovation: Researching a new paradigm. Oxford University Press on Demand.

Christensen, C. M. (2019). O dilema da inovação: quando as novas tecnologias levam empresas ao fracasso. M. Books Editora.

Christensen, P. R., & Klyver, K. (2006). Management consultancy in small firms: how does interaction work?. Journal of Small Business and Enterprise Development, 13 (3), 299-313. https://doi.org/10.1108/14626000610680217

Costa, R. L. D. (2012). O papel da consultoria de gestão no processo da formulação e implementação da estratégia das PME em Portugal: estudo de caso. 325f. Tese (Doutorado em Gestão Geral, Estratégia e Desenvolvimento Empresarial) - Instituto Universitário de Lisboa, Lisboa, Portugal.

Crocco, L., & Guttmann, E. (2005). Consultoria empresarial. Saraiva Educação SA.

Denzin, N. K., & Lincoln, Y. S. (2006). O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. Artmed.

Donadone, J. C. (2011). As formas de atuação e configuração dos intermediários de conteúdos gerenciais: o espaço de consultoria e a imprensa de negócios brasileiros. In: Donadone, J. C.; Jardim, M. C. (Orgs). As Centralidades e Fronteiras das empresas do século XXI. Bauru: Edusc, 305-351.

Fagerberg, J. (2005). Innovation: A guide to the literature. Oxford University Press.

Gerber, M. E. (1996). O mito do empreendedor revisitado: como fazer de seu empreendimento um negócio bem-sucedido. São Paulo: Saraiva.

Giacomini Filho, G., Goulart, E. E., & Caprino, M. P. (2007). Difusão de inovações: apreciação crítica dos estudos de Rogers. Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia, (33), 41-45. https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=495550189005

Gomes, L. F., Capellari, C. P., da Silva, V. A., Matarossi Filho, O., & Bueno, T. (2017). Consultoria empresarial: um serviço necessário e à disposição para as micros e pequenas empresas. Revista FATEC Sebrae em debate: gestão, tecnologias e negócios, 4(6), 162.

Kinnunen, J. (1996). Gabriel Tarde as a founding father of innovation diffusion research. Acta sociologica, 39(4), 431-442. https://doi.org/10.1177/000169939603900404

Leite, A., & Oliveira, F. (2007). Empreendedorismo e novas tendências. VALUE: Consultadoria Empresarial. Universidade do Minho. Braga, Portugal.

Leone, N. (1999). As especificidades das pequenas e médias empresas. Revista de Administração da Universidade de São Paulo., 34 (2), 91-94.

Mahamid, I. (2012). Factors affecting contractor's business failure: contractors' perspective. Engineering, Construction and Architectural Management., 19 (3), 269-285. https://doi.org/10.1108/09699981211219607

Martin, G., & Staines, H. (1994). Managerial competences in small firms. Journal of management development., 13 (7), 23-34. https://doi.org/10.1108/02621719410063396

Menegazzo, G. D., Lunkes, R. J., Mendes, A., & Schnorrenberger, D. (2017). Relação entre características demográficas dos gestores e uso de informações para tomada de decisões: um estudo em micro e pequenas empresas. GCG: revista de globalización, competitividad y gobernabilidad, 11(3), 90-110. https://doi.org/10.3232/GCG.2017.V11.N3.05

Miranda, L. C., Libonati, J. J., Freire, D. R., & Saturnino, O. (2007). Demanda por serviços contábeis pelos micro e pequenos supermercados: são os contadores necessários. In Congresso Brasileiro de Custos–CBC (Vol. 16).

Monteiro, J. M. & Barbosa, J. D. (2011). Controladoria empresarial: gestão econômica para as micro e pequenas empresas. Revista da Micro e Pequena Empresa, 5 (2), 38-59. https://doi.org/10.6034/194

Oliveira, D. D. P. R. D. (2006). Manual de consultoria empresarial: conceitos, metodologia, práticas. São Paulo: Atlas.

Oliveira, J. D., Escrivão Filho, E., Nagano, M. S., & Ferraudo, A. S. (2015). Estilos gerenciais dos dirigentes de pequenas empresas: estudo baseado no ciclo de vida organizacional e nos conceitos de funções e papéis do administrador. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 17, 1279-1299. https://doi.org/10.7819/rbgn.v17i57.1650

Perera, S., & Baker, P. (2007). Performance measurement practices in small and medium size manufacturing enterprises in Australia. Small Enterprise Research, 15(2), 10-30. https://doi.org/10.5172/ser.15.2.10

Previdelli, J. J., & Meurer, V. (2005). Gestão da micro, pequena e média empresa no Brasil: uma abordagem multidimensional. Maringá: Unicorpore.

Ralio, V. R. Z., & Donadone, J. C. (2015). Estudo sobre o histórico de atuação do Sebrae na consultoria para micro e pequenas empresas brasileiras. Revista Gestão da Produção Operações e Sistemas, 10(2), 33. https://doi.org/ 10.15675/gepros.v10i2.1223

Rogers, E. M. (2003). Diffusion of innovations (3th ed.), New York: Free Press.

Santos, V. D., Dorow, D. R., & Beuren, I. M. (2016). Práticas gerenciais de micro e pequenas empresas. Revista Ambiente Contábil-Universidade Federal do Rio Grande do Norte-ISSN 2176-9036, 8(1), 153-186. http://www.atena.org.br/revista/ojs-2.2.3-08/index.php/Ambiente/article/view/2598/2191

Schumpeter, J. A. (1997). Os Economistas–Teoria Do Desenvolvimento Econômico. Editora Nova Cultural. São Paulo.

Sousa, A. S. (2015). Gestão financeira em empresa familiar de pequeno porte do ramo de roupas em Embu das Artes. Revista de Administração, 13(23), 21-35. http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistadeadm/article/view/1551/1962

Varella, S. R. D., MEDEIROS, J. B. D., & SILVA JUNIOR, M. T. (2012). O desenvolvimento da teoria da inovação schumpeteriana. XXXII ENEGEP, Bento Gonçalves, RS.

Vogel, J., & Wood Jr, T. (2012). Práticas gerenciais de pequenas empresas industriais do Estado de São Paulo: um estudo exploratório. Iberoamerican Journal of Entrepreneurship and Small Business, 1(2), 117-140. https://doi.org/10.14211/regepe.v1i2.34

Valor (2020). Maioria das empresas no país não dura 10 anos, e 1 de 5 fecha após 1 ano. Disponível em: < https://valor.globo.com/brasil/noticia/2020/10/22/maioria-das-empresas-no-pais-nao-dura-10-anos-e-1-de-5-fecha-apos-1-ano.ghtml ou as ferramentas oferecidas na página. >. Acesso em 30 de dez. de 2021.




Indexadores: